2016/10/23

Da Moral Maçónica


Diz-se moral aquilo que está em conformidade com a honestidade e a justiça, que tem bons costumes; diz-se de tudo o que é decente, educativo e instrutivo. Moral é também a disciplina da Filosofia que trata dos actos humanos assentes nos bons costumes, e nos deveres do homem em sociedade e perante os seus iguais. Moral é, ainda, o conjunto de normas ou preceitos adoptados para dirigir os actos humanos de acordo com a justiça e a equidade natural.

A moral surge nos alvores da civilização humana. E é importante esta percepção de que a moral depende da civilização, ou é por ela reformulada nos moldes em que a conhecemos, já que a sociedade primitiva não censurava o canibalismo, o incesto, a pedofilia, os homicídios dos idosos e inválidos, e toda uma panóplia de atrocidades que o progresso intelectual e a construção cultural vieram instituir e regular.

Até ao final do regime feudal, em que vigorou o sistema esclavagista, os estratos sociais inferiores não passavam de objectos e como tal tratados no âmbito da transação de propriedade. Chegado à Idade Contemporânea, balizada pela revolução Francesa, o Homem liberta-se da opressão do feudalismo, cria a liberdade de ação e de pensamento e surgem os ideais humanistas e uma nova moral, várias morais até, e algumas delas individualistas pois é verdade que não existe uma moral eterna e imutável; a moral é histórica, conjuntural e sempre determinada pela classe dominante.

A Maçonaria exige aos seus membros uma boa reputação moral, o exercício da tolerância para com as diferentes manifestações de opinião, religião, política, ou filosofia, desde que os seus objetivos prossigam a conquista da verdade e a defesa dos valores morais, e propugnem pela paz e o bem-estar social. A moral maçónica constitui o objeto principal da sua filosofia racionalista. Esta moral está vertida nos símbolos e rituais que se têm mantido imutáveis ao longo da existência da Maçonaria.

Sendo a Maçonaria uma instituição comprometida com o Mundo - embora de cariz ético, filosófico e iniciático -, instrui os seus membros para serem homens de bem, com sólidos princípios morais e para trabalharem para o seu aperfeiçoamento em benefício individual e colectivo. Os ensinamentos maçónicos direccionam os maçons para a dedicação à felicidade dos seus semelhantes, não somente porque tal obrigação é imposta pela razão e pela moral mas principalmente porque esse sentimento de solidariedade os transforma em irmãos. Desta forma o maçom é útil ao progresso moral da humanidade.


Por tudo isto é importante desenvolver uma moral maçónica que controle as paixões, ajude a reconhecer e corrigir os nossos defeitos e cultue a inteligência. Esse é o nosso caminho moral.

H.

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